A árvore revela-se pelos seus frutos

Não podemos esquecer que, antes dos frutos, há um tempo — o tempo certo — para cuidar das raízes e do crescimento da própria árvore.

A qualidade das raízes, a sua extensão e profundidade permitem, por um lado, o enraizamento e, por outro, a comunicação com outras raízes próximas, numa relação interdependente que assegura o equilíbrio da nutrição e da hidratação, retirando do solo o que mais lhe é apropriado.

A árvore cresce em direção à luz solar, erguendo-se na vertical, enquanto aprofunda as raízes para não ser derrubada por ventos fortes ou aluimentos de terras. Procura ser forte; talvez seja por isso que se diz que “as árvores morrem de pé”. E, se o ser humano o permitir, perdurarão, longínquas no tempo, para além da vida humana.

A árvore pode não ter como função dar frutos; pode oferecer sombra, perfumes terapêuticos que purificam o ar. A presença de árvores e arbustos previne a erosão e impede que paisagens verdejantes se transformem em desertos.

Quantas vezes paramos para refletir sobre a purificação do ar que as árvores nos proporcionam? Quantas vezes agradecemos a presença desses seres vivos na nossa existência?

Admito que uma árvore cumpre a sua função sem se comparar a outras. Ela simplesmente é. Raramente uma oliveira almeja ser um sobreiro, ou um plátano pretende ser um castanheiro. Cada uma possui a sua beleza e o seu valor, contribuindo para a diversidade do todo.

O ser humano tem a possibilidade de expandir a consciência, para seu benefício e em favor da natureza, em harmonia com os variados reinos que coexistem. Um ser humano alinhado na mente e no coração pode cuidar de si próprio e do meio ambiente, porque só o amor importa.

Ana Bela Dinis

Autora

Apaixonada pela vida e pela escrita!

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